Nutrição X Autismo: Conheça os benefícios de ter um acompanhamento!

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No campo da alimentação, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam comportamentos alimentares distintos, como seletividade alimentar, comportamento disruptivo durante as refeições, limitações no repertório alimentar, e dificuldades em permanecer à mesa, entre outros. Estima-se que entre 51% e 89% das crianças com TEA possam ser afetadas por distúrbios alimentares, o que pode ser atribuído a causas ambientais, cognitivas e comportamentais.

Com efeito, esses comportamentos podem resultar em deficiências nutricionais, aumentando o risco de problemas como desnutrição, raquitismo, obesidade, retardo de crescimento, problemas ósseos, déficits sociais e baixo desempenho acadêmico. Além disso, transtornos alimentares associados ao TEA podem levar a comorbidades como sintomas gastrointestinais, distúrbios do sono, epilepsia, problemas comportamentais, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e ansiedade.

Assim, introduzir novos alimentos para crianças autistas com seletividade alimentar pode ser desafiador, podendo desencadear reações comportamentais como choro, agressão, recusa em comer, entre outras manifestações.

Em razão disso, cientistas brasileiros, realizaram um estudo com crianças autistas e destacaram que oficinas culinárias podem ser benéficas para esse público, pois podem proporcionar experiências sensoriais, como cheirar, tocar e manusear alimentos, além de promover interação com o ambiente e desenvolvimento de habilidades sociais e motoras. Por essa razão, oferecemos na Clínica Peróli para além do atendimento nutricional, o serviço de terapia alimentar, que surgiu como uma estratégia importante para ajudar crianças autistas a superar desafios alimentares e promover seu desenvolvimento integral.

Dessa forma, com a alimentação adequada à cada caso, podemos reduzir crises, melhorar seu desenvolvimento, lidar com alergias e intolerâncias alimentares, aumentar a interação social, trazer uma vida feliz e satisfatória para essas pessoas. Através da nutrição conseguimos melhorar muitos aspectos.

Referências:

ADAMS, James B. et al. Comprehensive nutritional and dietary intervention for autism spectrum disorder—a randomized, controlled 12-month trial. Nutrients, v. 10, n. 3, p. 369, 2018.

DUARTE, Cintia Perez et al. Abordagem interdisciplinar para avaliação e intervenção em dificuldades alimentares no autismo. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, v. 21, n. 2, p. 109-127, 2021.

LEMES, Monike Alves et al. Comportamento alimentar de crianças com transtorno do espectro autista. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 72, n. 3, p. 136-142, 2023.

MONTEIRO, Manuela Albernaz et al. Transtorno do espectro autista: uma revisão sistemática sobre intervenções nutricionais. Revista Paulista de Pediatria, v. 38, p. e2018262, 2020.

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